quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tempo Cativo

Eu preciso de um tempo... de muito tempo, pra digerir essa violência que é você na minha vida.
Essa loucura de ir e vir, de não me deixar partir.
De me arrancar sempre dos braços da certeza,
De joguinhos sem cartas na mesa.

Eu preciso de um tempo... de muito tempo, pra digerir tudo o que não foi dito.
E tudo que dizemos sem querer.
Do olhar doce no silêncio covarde
Dessa ideia que tudo se resolve mais tarde.

Eu preciso de um tempo... de muito tempo, pra organizar as minhas rimas pobres.
Pra escrever algo com sentido,
Pra me encontrar nesse teu mundo perdido.
Pra fugir do seu sorriso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Esse ano eu começo sozinha,
Renovada e inteira
na minha própria jornada.

Me desfaço dos grilhões,
Daquelas bolas de aço,
Que drenam minha essência
Que roubam meu abraço.


domingo, 13 de janeiro de 2013

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A onda

Eu tenho prazeres indiscutíveis...
Subitamente sou invadida por uma sensação boa, mesmo pensando em você.
É como se por alguns segundos tudo voltasse ao que era antes, e nunca foi.
E naquelas poucas batidas de coração eu sinto você completo dentro de mim.
Um abraço forte que nunca foi dado e por certo intenso demais.
Um beijo quente, nos teus lábios doces...
E a onda passa mansinho, deixando o cheiro de quero mais.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

domingo, 6 de janeiro de 2013


Porque eu sou joia rara, menino.
De seda tecida à mão.
Eu não preciso de verdades
nem de certezas, não
Mas, dispenso as mentiras
E a pobreza da ingratidão.

Pois eu não me vendo por castelos,
Nem me curvo ao alto clero
Não me serve o prêmio de consolação.

Se você não tem coragem, assuma
E siga em outra direção, suma.
Que o meu caminho é contra a correnteza,
é preciso mais que disposição.







Maya

Ela de repente percebeu que era tudo maya... e que lá deixou sua alma, sua crença, sua verdade. Voltou nua, sem armas, sem coroa, sem medo.

No reflexo do espelho, o seu passado se dissipava. Era nuvem passageira, que seguia carregada... das frustrações que acumulou. Do adeus que murmurou.

Aquele homem era um rosto perdido na multidão. Ao longe, entre tantos... não chamava a atenção. Não mais. Seu olhos se desviaram dos dela, levou seus beijos, seus toques, sua voz.

Era uma dor secreta, que não sentia mais. Que de tanto esconder, sumiu.
Ela então, ficou em paz.