domingo, 6 de janeiro de 2013

Maya

Ela de repente percebeu que era tudo maya... e que lá deixou sua alma, sua crença, sua verdade. Voltou nua, sem armas, sem coroa, sem medo.

No reflexo do espelho, o seu passado se dissipava. Era nuvem passageira, que seguia carregada... das frustrações que acumulou. Do adeus que murmurou.

Aquele homem era um rosto perdido na multidão. Ao longe, entre tantos... não chamava a atenção. Não mais. Seu olhos se desviaram dos dela, levou seus beijos, seus toques, sua voz.

Era uma dor secreta, que não sentia mais. Que de tanto esconder, sumiu.
Ela então, ficou em paz.