Hoje eu me dei conta que a mentira é puro faz-de-conta,
Faz-de-conta que eu conto a verdade,
Faz-de-conta que você acredita.
Faz-de-conta que tudo é verdade,
Assim como amor que te digo,
Faz-de-conta que não é por maldade,
Que eu não sou sincero contigo.
Faz-de-conta que eu me importo,
E é por isso que eu minto,
Faz-de-conta que já esqueci,
Aquela com quem mantenho vínculo.
Faz-de-conta que eu te amo de verdade,
Mesmo que não te dê prioridade.
Faz-de-conta que esse é meu jeito,
Que é pura liberdade.
Quando na verdade o que conta,
é o prazer da sacanagem.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Uma Bolsa Paraguaia
Tem gente que não entende que o fino tecido que sustenta qualquer relação é o da sinceridade. E as mentiras são como pequenas traças que corroem esse tecido, tão raro e tão delicado que é impossível de ser remendado. Fica aquela coisa grosseira, esgarçado, remendado, estragado. As vezes, quando se remenda esse tecido que rompe, podemos até sustentar a relação, mas parece que como o tecido de uma bolsa, aquilo ali não vai durar muito.
As mentiras são a ferrugem que oxida o ferro, a marca do prego retirado da madeira, o jarro de vidro que quebrou e foi colado, as estrias da nossa pele... é um estrago irreparável, ainda que contornável.
São as marcas da vida no rosto amargo, o fosco do olhar, o amarelo do sorriso...
Adoráveis mentirosos e seus queridos comparsas... Serão eternos amantes, ligados por sangue. Parceiros e suspeitos do 'crime perfeito', mas como diz a canção, 'mas, crimes perfeitos não deixam suspeitos'. Cúmplices solidários na constante obrigação de se ocultarem.
E aos que se deixam enganar, o escárnio da certeza vulgar de sua fraqueza. O terceiro elo que sustenta a mentira. Tão culpado desse crime por se permitir enganar...
As mentiras são a ferrugem que oxida o ferro, a marca do prego retirado da madeira, o jarro de vidro que quebrou e foi colado, as estrias da nossa pele... é um estrago irreparável, ainda que contornável.
São as marcas da vida no rosto amargo, o fosco do olhar, o amarelo do sorriso...
Adoráveis mentirosos e seus queridos comparsas... Serão eternos amantes, ligados por sangue. Parceiros e suspeitos do 'crime perfeito', mas como diz a canção, 'mas, crimes perfeitos não deixam suspeitos'. Cúmplices solidários na constante obrigação de se ocultarem.
E aos que se deixam enganar, o escárnio da certeza vulgar de sua fraqueza. O terceiro elo que sustenta a mentira. Tão culpado desse crime por se permitir enganar...
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