domingo, 30 de dezembro de 2012

Por que as vezes dói como se nunca fosse passar?
Entre dias absolutamente normais a melancolia escolheu hoje para abraçar.
Numa sexta feira, pra melhorar. Ideal se fosse 13.

Eu saí completamente de você.
Deixei a sua vida sem que sobrassem pistas de mim.

Mas, vai passar...


sábado, 29 de dezembro de 2012

A Estrada

Ela não podia escolher. Seu coração em silêncio não dava a menor indicação. Sua mente vazia não apontava direção. Era ela e a estrada, onde quer que a fosse levar, era ela e a estrada.

Passo a passo, o q foi passo era passado, que seria passo era futuro, entre um e outro o seu presente. Segundos transitórios.

Pela estrada, flores e pedra. Árvore e terra. Beleza viva e morta.
Os galhos secos e retorcidos como suas histórias. A flores em cores, como a sua memória. 

Era ela e estrada por onde se desviava...

sábado, 22 de dezembro de 2012

Teatro dos Vampiros

A pedidos de uma amiga e por conta de uma certa repercussão que tiveram essas palavras, trago-as aqui.

Juro que eu preciso dizer... é tão triste ver alguém mendigando um amor que não possui mais, um status ao qual não pertence, um ego ferido precisando se afirmar. Que me renderem pensamentos proféticos de que isso eu não quero pra minha vida. Porque já me bastou ver no outro o quão patético nos tornamos quando permitimos que o nosso ego domine as emoções. Nos tornamos vampiros emocionais.


Podemos ser cruéis, mas somos também tão risíveis; uma caricatura borrada de uma possibilidade. E assistir a decadência de outrem, sem vendas e sem ranços, me chocou, me tocou, me fez pensar, me causou pesar.



Não posso resgatar ninguém de sua dor e de seu inferno, mas posso não me tornar aquilo também. Se a experiência alheia me ensina algo, é a escolher. Escolher não ser, escolher não fazer igual, escolher não me submeter. Acho que fiquei tão chocada que me serviu mesmo como alerta. Não permita que te magoem ao ponto de você se tornar uma marionete da vaidade. Não permita que te machuquem ao ponto de você e tornar um catador de migalhas. Não permita que te firam ao ponto de você se tornar demasiado infeliz. Porque o infeliz crônico, aquele que opta por sofrer e por mendigar a aprovação de outrem, não recebe seu pagamento, pois o amor, a admiração, se torna um peso, um excesso, um fardo indigesto. E na sua auto-comiseração se torna um Midas ao avesso, apodrecendo tudo que toca, tudo que entra em contato.



Eu assisti do balcão o teatro da vaidade e vi uma peça triste e mal ensaiada. Um ator desesperado por atenção. Alguém tão dolorido nesse papel, que esqueceu que a grande sacada de tudo é que pra ser querido não é preciso esforço, mas verdade.



E no final, não teve o aplausos...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Minha mente está confusa, como há muito tempo não ficava.

Lidar com nossas escolhas na maioria das vezes não é nada fácil. Recolher-se a solidão, ao conforto do porto seguro, sozinha e angustiada, não é uma escolha, é necessidade vital. De outra maneira não sobreviverei.

Já passei por muita porrada nessa vida. Muitos tombos e rasteiras. Já dei murro em ponta de faca por ser impulsiva e intempestiva. Sei que as dores passam e fica o aprendizado. Mas, quando dói, dói visceralmente. Dói uma dor corrosiva, um misto de medo e ansiedade. Com uma enorme vontade de dormir até que tudo passe.

Sim, eu fiz escolhas as avessas. Escolhi não escolher. Segui a maré que apontava o meio do oceano, sem que eu soubesse nadar. Não era difícil concluir que eu me afogaria. Que morreria dentro de mim mais uma vez.

Mas, e se esse morrer não for libertador? E se essa dor for em vão? Como fazer pra suturar as feridas que causei? Como faço para lidar com as perdas que sofrerei? De tudo eu perdi o que hoje me trazia mais alegria. O sorriso sincero de uma amizade querida.

Fui sufocada pelo medo. Me vi covarde. Me vi o retrato daquilo que eu mais temia. Que eu era capaz de machucar também. Não de propósito, mas por não saber o que fazer. Eu, que sempre cobrei a verdade, omiti por medo das consequências. Virei o próprio de Dorian Grey.

E agora estou aqui, contando os segundo preciosos que deixo escapar. Inerte, apática. Infeliz. Com vontade de vomitar para expurgar a dor. Mas, ela não passa. O sofrimento nem sempre é opcional. Não quando se está prestes a perder algo que lhe é tão caro. Mas, que talvez não eu não seja igualmente importante.

Escrever, escrever, escrever... As palavras não fazem sentido. Eu não encontro os motivos. Simplesmente embaralho letras na tentativa de aliviar o peso da solidão.

Queria fugir pra bem longe. Queria fazer isso de novo. Mas, estou presa, acorrentada. Sou vítima da minha própria burrada.



Quem diria... Lulu Santos falando por mim...






domingo, 9 de dezembro de 2012

Morte anunciada

Preciso liberar minha mente, meus demônios particulares!
E eu achava que esse papo de demônios era puro clichê.... Sou tão ingênua q me irrito comigo mesma! Sou o doce de alcaçuz!

Preciso liberar a minha dor.
Vc me fez sofre a ultima dose do amor!
A pá de cal que me sepultou.

Obrigada, eu morri.