quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Inteireza do Ser
(por Núzia Carla Brum)

Eu sou um ser inteiro
E por isso também falho
No conjunto se encontra a beleza
Que sigo por entre atalhos

A ira, a raiva e o amor,
Pintados num grito de dor
A mentira, o engano e a flor
Crescem no jardim do esplendor

As críticas não me afugentam
Ao ser inteiro, sustentam
Injúrias e lamento
Alegria e contento
São meu alimento

As palavras expressam as verdades?
Ou seriam apenas a fogueira das vaidades?
Por entre as linhas se descobre a maldade
A mola mestra da rivalidade.

Feliz do bem aventurado
Que segue seu caminho inabalado
Ser inteiro e acabado
Ignora se mal interpretado.